O ambiente de trabalho exerce, inegavelmente, um impacto muito significativo nos índices de equilíbrio e bem-estar nas empresas. Num contexto em que a proteção da saúde mental se revela cada vez mais incontornável no universo corporativo, o clima organizacional desempenha um papel determinante.
Mas em que consiste, concretamente, um bom clima organizacional? Que fatores equacionar na sua avaliação? E qual é, afinal, o valor da saúde ocupacional na otimização deste indicador vital para a sustentabilidade humana? Consulte, então, o nosso guia de perguntas e respostas.
Antes de mais, o que é o clima organizacional?
De acordo com um artigo da Oxford Research Encyclopedia of Psychology, intitulado “Organizational Climate and Culture”, este conceito pode definir-se como:
Nesse sentido, o clima organizacional é a perceção dos trabalhadores relativamente aos processos internos, às práticas corporativas e às relações interpessoais que impactam o seu dia a dia. Trata-se, pois, de um conceito dinâmico, com uma ampla influência na motivação, na produtividade, no compromisso e na satisfação dos profissionais.
Mas qual é a diferença entre clima da empresa e cultura organizacional?
Embora seja evidente a proximidade entre estes dois conceitos, é importante clarificar o que os distingue. Vejamos, então:
Que fatores determinam, então, o clima nas organizações?
Atendendo ao dinamismo e à volatilidade que caracterizam o clima organizacional, são múltiplos os critérios com um peso relevante neste quadro, a saber:
- Práticas de reconhecimento: a valorização de cada trabalhador, assim como das conquistas das equipas, é essencial para a edificação de um clima organizacional mais positivo, construtivo e motivador;
- Comunicação interna: a transparência e o envolvimento dos trabalhadores nos processos de tomada de decisão são fatores importantes para evitar conflitos e incerteza. Além disso, o fornecimento de feedback regular e construtivo é crucial;
- Autonomia: dar espaço a cada profissional para expor as suas ideias, desenvolver as suas competências e assumir responsabilidades é determinante para o incremento do sentido de pertença e de satisfação no trabalho;
- Políticas de suporte à inclusão: a promoção da diversidade e da equidade no espaço laboral desempenha, sem dúvida, um papel preponderante na proteção da saúde mental nas empresas. Isto espelha-se, decerto, na qualidade do clima organizacional;
- Liderança: as chefias que fomentam a participação, a confiança, a inspiração e a motivação conseguem, inegavelmente, incrementar os níveis de satisfação e motivação no trabalho.
Qual é a importância do clima organizacional para a sustentabilidade humana?
De acordo com o relatório “2024 Global Human Capital Trends”, da Deloitte:
A sustentabilidade humana nas empresas prende-se, portanto, com as condições de promoção da saúde no trabalho, não só física, mas também mental e emocional. Nesse sentido, o clima organizacional é um fator crítico: por um lado, pode fomentar um sentido de pertença, por outro, pode gerar elevados níveis de stress, absentismo e rotatividade.
Invista na saúde mental: como melhorar o clima organizacional?
Apostar no contínuo aperfeiçoamento do clima nas organizações significa, decerto, investir na saúde mental. Trata-se de um pilar central da sustentabilidade corporativa, que pode evitar problemas severos — e altamente prejudiciais para trabalhadores e empregadores — como a depressão, o burnout ou o incremento das taxas de rotatividade, por exemplo.
O primeiro passo prende-se, certamente, com a avaliação do clima organizacional. Pode realizar-se, então, através de inquéritos internos, entrevistas ou métricas-chave, como a evolução das taxas de absentismo. O acompanhamento do estado de saúde de cada trabalhador, por meio das consultas regulares de medicina do trabalho, revela-se, igualmente, fundamental.
A partir destes dados, importa desenhar estratégias holísticas e personalizadas, que priorizem as condições de segurança e de bem-estar de todos os profissionais. Nesse sentido, devemos seguir alguns passos essenciais:
Se pretende melhorar o clima da sua organização — por meio de um investimento sistémico nas condições de segurança, saúde e bem-estar dos trabalhadores —, é crucial contar com o apoio de uma equipa especializada na resposta a este desafio central.
A saúde ocupacional desempenha, neste âmbito, um papel relevante, sobretudo na avaliação de riscos psicossociais. Este exercício permite, então, identificar e avaliar fatores do ambiente de trabalho que podem impactar negativamente a saúde mental e física dos trabalhadores, como stress, assédio, excesso de carga laboral, monotonia ou falta de controlo sobre as tarefas.
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