Qual é o impacto da inclusão de trabalhadores com doenças crónicas na sustentabilidade corporativa?

Sustentabilidade corporativa: a importância da inclusão de trabalhadores com doenças crónicas

A sustentabilidade de uma empresa apresenta, sem dúvida, uma relação de interdependência com os índices de bem-estar dos seus trabalhadores. Por conseguinte, a adoção de políticas sistémicas de promoção da saúde ocupacional é, hoje, determinante para o sucesso de longo prazo de um negócio. Neste quadro, a integração — e a devida proteção — de pessoas com doenças crónicas constitui, certamente, um fator incontornável.

Pois bem, num contexto pautado pelo continuado aumento da incidência destes problemas, uma abordagem proativa a esta ameaça (muitas vezes negligenciada) revela-se indispensável. Mas que estratégias e políticas equacionar? E qual o seu impacto na sustentabilidade corporativa? Consulte, então, o guia que preparámos para si.

Antes de mais, o que se entende por “doenças crónicas”?

Este é, decerto, um termo amplamente reconhecido na sociedade portuguesa. No entanto, para garantir uma abordagem eficaz a este problema, importa definir e delimitar o que se entende por “doenças crónicas”.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), este conceito pode definir-se brevemente do seguinte modo:

As doenças não transmissíveis, também conhecidas como doenças crónicas, tendem a ter uma longa duração e resultam de uma combinação de fatores genéticos, fisiológicos, ambientais e comportamentais.

A instituição refere, ainda, que estas condições patológicas — de cariz físico ou mental — apresentam, frequentemente, uma progressão faseada. Em muitos casos, podem tornar-se irreversíveis e provocar sintomas duradouros, exigindo, portanto, uma monitorização contínua e adequada. Por vezes, dão origem a limitações funcionais.

Quais são, então, os principais tipos de doenças crónicas?

Neste âmbito, a OMS destaca quatro tipologias prevalentes, a saber:

 

O papel das organizações na abordagem a este problema

A plena integração no mercado de trabalho consiste, sem dúvida, numa condição basilar para o bem-estar de muitas pessoas com doenças crónicas. Afinal, além de ser uma garantia de estabilidade financeira, autonomia e qualidade de vida, o trabalho pode, e deve, contribuir para a inclusão social e estimular a contínua evolução pessoal, profissional e emocional.

Contudo, a população que apresenta estas condições patológicas tende a enfrentar desafios adicionais no acesso ao mercado laboral. Ademais, estes trabalhadores apresentam taxas mais elevadas de saída precoce das empresas, em virtude da falta de condições que garantam o seu bem-estar a médio e longo prazo.

Mas o que diz a legislação?

O Código do Trabalho estipula que os trabalhadores com doenças crónicas devem ter acesso a condições de igualdade no quadro profissional. Com efeito, o Artigo 85.º afirma:

O trabalhador com deficiência, doença crónica ou doença oncológica é titular dos mesmos direitos e está adstrito aos mesmos deveres dos demais trabalhadores no acesso ao emprego, à formação, promoção ou carreira profissionais e às condições de trabalho, sem prejuízo das especificidades inerentes à sua situação.

Além disso, a Diretiva-Quadro da União Europeia relativa à Segurança e Saúde no Trabalho (89/391/CEE) estabelece que os empregadores têm a obrigação de proteger os grupos de trabalhadores mais vulneráveis contra os riscos que os afetam em específico. Consequentemente, devem organizar os locais de trabalho — bem como os programas de monitorização e promoção da saúde ocupacional — acomodando as suas necessidades.

Como podem as organizações proteger o bem-estar dos trabalhadores com doenças crónicas?

A defesa proativa e sistemática da saúde e da segurança das equipas constitui, inegavelmente, um fator imprescindível num contexto laboral cada vez mais exigente e competitivo. Ora, no que concerne à proteção das pessoas com doenças crónicas, este objetivo torna-se particularmente decisivo para a sustentabilidade corporativa.

Qual é o impacto da inclusão de trabalhadores com doenças crónicas na sustentabilidade corporativa?

O papel da saúde ocupacional neste quadro desafiante

As políticas de saúde ocupacional devem, portanto, desempenhar um papel central neste desafio. Os profissionais de medicina do trabalho, por exemplo, podem aportar um conjunto amplo de valências essenciais, a saber:

  • Avaliações regulares do estado de saúde das equipas, fundamentais para a identificação precoce de sinais e sintomas de doenças crónicas;
  • Implementação de programas de rastreio e monitorização contínua das doenças mais prevalentes na organização;
  • Formação profissional e sensibilização para as necessidades destes pacientes, garantindo a sua plena integração no contexto laboral;
  • Aconselhamento personalizado aos empregadores, com foco na adaptação do ambiente laboral às necessidades destes trabalhadores;
  • Acompanhamento próximo das pessoas com doenças crónicas, não só na monitorização da patologia, mas também no apoio à gestão do stress e da saúde mental.

As vantagens deste investimento crucial

Inegavelmente, este esforço encerra um leque vasto de vantagens, tanto para o trabalhador com doença crónica quanto para a empresa. Falamos de fatores como:

  • O aumento dos índices de satisfação profissional;
  • O incremento da capacidade de atração e retenção de talento;
  • A redução do absentismo;
  • A contenção dos custos associados a baixas médicas.

 

No entanto, importa frisar que a implementação destas políticas exige um compromisso transversal, proativo e contínuo por parte das organizações (e, sobretudo, das lideranças). Assim, se pretende investir na sustentabilidade da sua empresa e no bem-estar de todos os seus profissionais, conte com a experiência e o rigor da equipa Centralmed.

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