Qual deve ser o papel da formação e da liderança em segurança no trabalho?

O papel da formação e da liderança em segurança no trabalho 

As preocupações relativas à Segurança e Saúde no Trabalho (SST) desempenham, sem dúvida, um papel imprescindível na proteção do bem-estar e da produtividade das empresas. Porém, para que a implementação destas medidas não se limite a uma mera resposta às imposições legais, é fulcral garantir o envolvimento de todos os trabalhadores. A formação e a liderança em segurança no trabalho revelam-se vitais nesse objetivo basilar. 

Antes de mais, o que se entende por liderança em segurança no trabalho? 

De acordo com o Institute for an Industrial Safety Culture (ICSI), este conceito pode definir-se brevemente do seguinte modo:  

A liderança em segurança no trabalho consiste na capacidade de mobilizar pessoas em torno de desafios relacionados com a SST, influenciando comportamentos no sentido de os tornar mais seguros.

Importa frisar, portanto, que as ações de liderança nesta matéria apresentam um impacto direto na perceção interna da SST, nos mais diversos níveis da organização. Esse esforço traduz-se, certamente, num conjunto amplo de benefícios — tanto para os trabalhadores como para a empresa.

A European Agency for Safety & Health at Work (EU-OSHA) destaca, então, algumas das vantagens inerentes a uma boa liderança em segurança no trabalho: 

  • Prevenção de acidentes de trabalho e doenças profissionais
  • Incremento dos níveis de produtividade e de eficácia; 
  • Aumento do ânimo, da confiança e da motivação dos trabalhadores; 
  • Maior capacidade de atração e retenção de talentos e de novos clientes, em virtude do reforço do capital reputacional.

Três princípios-chave de uma efetiva liderança em segurança no trabalho 

A promoção proativa de uma cultura de segurança deve alicerçar-se sobre alguns pilares indispensáveis. Para fomentar eficazmente este esforço coletivo — em prol da saúde e da segurança —, importa seguir, então, alguns princípios: 

Envolvimento dos cargos de chefia

É fundamental que os líderes das equipas demonstrem um inequívoco compromisso com estas políticas prioritárias. As boas práticas de SST devem, assim, assumir-se um fator preponderante em todas as tomadas de decisão das empresas.

Incentivo à participação de todos

As iniciativas de formação e de promoção do diálogo com todos os trabalhadores desempenham, também, um papel insubstituível no que respeita à eficácia e adequação dos papéis de liderança em segurança no trabalho.

Monitorização regular e criteriosa

A identificação contínua dos riscos profissionais que afetam cada contexto laboral é, igualmente, crucial para assegurar a pertinência (bem como a constante atualização) das políticas de SST.

Que estratégias adotar para cimentar uma cultura de segurança no trabalho? 

Como afirma a página da EU-OSHA, uma fraca liderança em segurança no trabalho acarreta, decerto, um conjunto amplo de riscos. Entre eles, podemos destacar os custos humanos e financeiros associados a acidentes, baixas médicas, indemnizações ou, até, a baixos índices de motivação. 

Nesse sentido, revela-se essencial que as empresas — começando, naturalmente, pelos seus cargos de liderança — equacionem alguns cuidados estratégicos primordiais. Descubra, então, alguns deles: 

Lidere pelo exemplo 

Para que a liderança em segurança no trabalho se demonstre realmente eficaz, não basta  exigir o compromisso dos trabalhadores com o quadro regulatório aplicável. Antes de qualquer outra coisa, é fundamental que os cargos de chefia assumam a dianteira na adoção destes comportamentos e, claro, na sua priorização no dia a dia.

Qual deve ser o papel da formação e da liderança em segurança no trabalho?

Este fator é decisivo para a edificação de uma cultura corporativa que, de facto, valorize a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Para isso, é importante que os líderes invistam, continuamente, na sua própria formação profissional em SST, garantindo assim que os seus comportamentos e atitudes são percecionados, pelas suas equipas, como uma referência. 

Encoraje a comunicação aberta 

A promoção de um diálogo transparente e honesto é, igualmente, fundamental para uma adequada liderança em segurança no trabalho. Neste âmbito, a assertividade da comunicação é, certamente, um fator relevante. Não obstante, é imprescindível que esta interlocução não assuma, em momento algum, um caráter unidirecional.  

Os líderes devem, por isso, investir na criação de um ambiente de confiança mútua, em que a consulta aos trabalhadores na gestão da SST se paute por uma partilha sincera de preocupações, ideias e opiniões. Por conseguinte, pode demonstrar-se útil adotar ferramentas como: 

  • Sistemas de reporte (com possibilidade de anonimização) de incidentes e situações de risco; 
  • Realização regular de fóruns de discussão sobre esta temática; 
  • Solicitação frequente de feedback sobre potenciais ameaças, procurando assim prevenir ou minimizar, atempadamente, o seu potencial impacto.


Além disso, é crucial adotar uma abordagem não punitiva relativamente a erros ou incidentes. O foco da liderança em segurança no trabalho deve, sem dúvida, estar na aprendizagem contínua e na promoção de uma partilha inclusiva e regular de experiências (intra ou interempresas), incentivando a disseminação e a implementação de boas práticas.  

Valorize e recompense os comportamentos seguros 

O papel de um líder eficaz e assertivo nesta matéria deve, também, passar pelo reconhecimento dos comportamentos seguros e exemplares. O estabelecimento de um sistema de incentivos às melhores práticas — com destaque individual ou de equipa — pode ser uma alavanca central para a concretização de uma cultura de segurança. 

Atualize os recursos de SST 

Outra estratégia a equacionar, no quadro da liderança em segurança no trabalho, passa pelo esforço de renovar periodicamente os materiais e a tecnologia. O investimento em dispositivos mais avançados e adequados ao contexto de cada profissional permitirá, certamente, aumentar os níveis de satisfação e conforto dos trabalhadores. 

Neste caso, vale a pena considerar a adoção de ferramentas equipadas com inteligência artificial (IA) ou de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) inteligentes, por exemplo. 

Aposte na formação contínua dos trabalhadores 

Este é, decerto, o alicerce central para a edificação de uma cultura empresarial que priorize a SST, garantindo a efetiva implementação, adequação e atualização das normas, das políticas e dos equipamentos da organização. A formação profissional focalizada nesta área é, pois, uma responsabilidade incontornável para a liderança em segurança no trabalho.

Formação em SST à medida da sua empresa 

Como vimos, o proativo envolvimento dos trabalhadores é uma peça fulcral para a adoção de práticas responsáveis no dia a dia. Cabe aos profissionais responsáveis pela liderança em segurança no trabalho garantir essa participação, assim como o compromisso, de todos os profissionais.

O fornecimento regular de informação e formação é um passo indispensável nesse sentido. Neste campo, é aconselhável que se opte por ações de formação com um cariz mais prático, preferencialmente on-the-job. Desse modo, poderá garantir-se a personalização do programa formativo — um fator com um impacto muito considerável no desenvolvimento e aprimoramento de competências e conhecimentos.

Além disso, o foco deve manter-se nas mais-valias, tanto para cada trabalhador como para as equipas e a organização, que decorrem da mudança dos comportamentos e atitudes concernentes à SST. 

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