De que modo podem as organizações utilizar os serious games na formação profissional?

A aplicação dos serious games na formação profissional

A formação profissional desempenha um papel central na progressão e no bem-estar dos trabalhadores, mas também na vitalidade e na resiliência das empresas. Afinal, este é um elemento-chave na resposta a inúmeros desafios: da integração de novos trabalhadores ao processo de reskilling e upskilling, a título ilustrativo. Ora, para incrementar a eficácia destes percursos formativos, importa considerar as potencialidades de conceitos inovadores nesta área, como os serious games.  

Trata-se de uma ferramenta bastante poderosa no que diz respeito à transmissão — e, claro está, à absorção — de novos conhecimentos. Além disso, pode aplicar-se a um sem-número de setores, contextos, desafios e objetivos.  

Mas o que são, então, os serious games? De que modo se podem integrar na oferta formativa das organizações? E quais são as suas vantagens? Consulte o nosso guia de perguntas e respostas. 

O que são os serious games

Em traços gerais, os serious games podem definir-se como jogos cujo propósito principal não se prende, exclusivamente, com o entretenimento. Posto isto, devemos acrescentar que estes jogos consistem numa ferramenta que faculta métodos de aprendizagem dinâmicos e lúdicos, com o intento de promover a motivação e o envolvimento dos formandos.

As ferramentas digitais são o principal meio utilizado para os serious games. Na maior parte das vezes, podemos aceder a estes jogos digitais por meio de smartphones, computadores, consolas, entre outras plataformas. 

Valor que o mercado dos serious games poderá atingir em 2030. Em 2020, este valor situava-se nos 5 mil milhões.
1 mil milhões de dólares

Estas potencialidades tecnológicas viabilizam, decerto, um grau superior de personalização do percurso de cada formando. Essa é, aliás, uma das principais características dos serious games, diferenciando-os dos métodos de formação tradicionais. Dessa forma, cada organização pode desenvolver jogos adaptados à sua realidade e às necessidades de cada trabalhador.  

Mas qual é a diferença entre serious games e gamificação? 

Quando se fala de “serious games”, convoca-se, frequentemente, outro conceito: a “gamificação”. Muitas vezes são, aliás, perspetivados como termos similares. Contudo, embora ambos possam integrar estratégias de e-learning, vale a pena considerar o que os distingue: 

Serious Games vs Gamificação

Serious Games

Os serious games incorporam conteúdos educacionais dentro do mundo do jogo. Ou seja, constituem jogos autónomos com determinados objetivos, regras e níveis de progresso.

Gamificação

A gamificação incorpora elementos “jogáveis” em atividades não relacionadas com jogos. Por exemplo, um módulo de formação tradicional pode incluir recompensas ou conquistas, mas não consiste num jogo completo.

De que modo podem os serious games, então, ser integrados na formação profissional? 

Em contexto laboral, a formação assume um papel central no desenvolvimento de competências técnicas e de soft skills. Nesse sentido, os serious games podem ser um poderoso aliado, ajudando os profissionais a desenvolverem determinadas capacidades em situações práticas.

Para informar, ensinar e treinar os profissionais, estes jogos beneficiam de uma vertente mais lúdica e interativa. Esta valência promove, sem dúvida, o interesse e o envolvimento dos profissionais, bem como a colaboração com colegas (através de jogos multiplayer ou de tabuleiro, a título ilustrativo). 

Em suma, os serious games ajudam os profissionais a adquirir competências num contexto mais operacional e prático. Pode ser fulcral, por exemplo, para aprender a manusear máquinas ou a resolver determinados problemas com segurança e, acima de tudo, ao ritmo de cada formando. 

Estes jogos oferecem, portanto, a oportunidade de cumprir tarefas ou vivenciar situações profissionais (como o contacto com clientes ou a resolução de conflitos) por meio de uma simulação virtual.  

Em que áreas podem enquadrar-se? 

No quadro da formação profissional — perspetivada num sentido lato —, os serious games têm uma aplicação transversal a diversos desafios. Podemos, então, delimitar algumas áreas de intervenção, como:  

Recrutamento:

Permite criar paralelos entre as mecânicas do jogo e as do local de trabalho. Assim, torna-se possível observar, identificar e avaliar, aquando do processo de seleção de candidatos, as mais diversas competências e a capacidade de colaboração dos futuros trabalhadores.

Onboarding:

Os profissionais recém-chegados conseguem, através destes jogos, integrar-se mais rapidamente nas operações da organização, podendo ficar a conhecer, por este meio, os valores corporativos ou os principais métodos de trabalho do seu novo contexto laboral.

Reskilling e upskilling:

O exigente quadro em que as empresas operam, com a emergência de questões como o papel disruptivo da Inteligência Artificial ou do green tech, por exemplo, torna vital a aposta no treino de novas competências, permitindo aos trabalhadores (e às organizações) encarar o futuro. Os serious games podem, certamente, desempenhar um papel relevante neste investimento contínuo.

Consciencialização:

Os serious games apresentam uma notável eficácia no que concerne à alteração de comportamentos e ao diálogo sobre tópicos mais sensíveis. Esta valência pode ser útil na adoção de práticas de segurança no trabalho ou na sensibilização para problemas de saúde mental, entre outros.

Quais são as principais vantagens da inclusão dos serious games nos percursos formativos? 

A aplicação dos serious games em contexto laboral pode ser muito abrangente. Por conseguinte, os seus benefícios são inúmeros. Além de constituírem uma plataforma eficaz de transmissão de conhecimento aos trabalhadores, incentivando a experimentação e possibilitando uma abordagem mais atrativa aos percursos formativos, os serious games:

  • Fornecem um espaço seguro para falhar, cometer erros, corrigi-los e, assim, aprender novas competências (capacidades técnicas, normas de segurança no trabalho, etc.); 
  • Permitem a transmissão de conhecimentos e o desenvolvimento de competências, tanto de softskills como de hardskills; 
  • Ajudam os formandos a tomar decisões informadas, a ganhar agilidade em determinadas situações do seu dia a dia profissional ou a consolidar competências, por meio do treino e da repetição; 
  • Adaptam-se às características, às necessidades e à evolução de cada formando, o que viabiliza uma abordagem mais personalizada (e, por isso, mais eficaz) à formação profissional; 
  • Aumentam o envolvimento dos formandos com o processo de aprendizagem, atendendo à sua interatividade e capacidade de imersão. Este fator apresenta, sem dúvida, um considerável impacto na retenção de novos conhecimentos; 
  • Melhoram a imagem da empresa, que, dessa forma, se apresenta como uma entidade disposta a abraçar novas metodologias e a priorizar a formação contínua dos seus quadros. Num mercado de trabalho cada vez mais exigente, isto pode revelar-se crucial na hora de atrair e reter talento qualificado. 


Os trabalhadores são, sem dúvida, o mais importante dos ativos de qualquer organização. A sua formação desempenha, por isso, um papel incontornável no sucesso corporativo. Se pretende manter-se a par das principais tendências no âmbito da formação profissional — através da integração personalizada de serious games, por exemplo —, conte com a excelência da equipa Centralmed.

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