Em pouco tempo, as inúmeras vantagens da Inteligência Artificial (IA) tornaram-se praticamente incontornáveis no universo dos negócios. Afinal, as potencialidades desta tecnologia disruptiva revelam-se determinantes para um conjunto muito diversificado de setores, atividades, tarefas e processos.
A formação profissional não é, de facto, uma exceção. Mas quais são as principais vantagens da Inteligência Artificial a considerar neste âmbito, tanto para as empresas como para os trabalhadores? E que desafios — de cariz ético ou tecnológico, por exemplo — importa equacionar antes da adoção destas soluções? Neste artigo de perguntas e respostas, exploramos, então, estes e outros tópicos fulcrais.
Antes de mais, como se aplica a IA à formação profissional?
As valências e vantagens da Inteligência Artificial representam, inegavelmente, oportunidades importantes para o robustecimento e a agilização da formação nas organizações. Podemos, neste contexto, destacar algumas capacidades relevantes, a saber:
Machine learning
Esta competência algorítmica viabiliza uma adaptação contínua dos materiais de formação, em função da recolha e da análise, em tempo real, de grandes quantidades de dados.
Processamento de Linguagem Natural
Alicerça a capacidade dos modelos de Inteligência Artificial generativa (genAI) de mimetização do raciocínio humano. Permite, então, a geração de linguagem de forma criativa. É, por exemplo, vital para os chatbots que esclarecem dúvidas aos formandos.
Reinforcement learning
A capacidade adaptativa dos modelos de IA — no que toca a novas informações, a erros ou ao fluxo das interações — é particularmente útil em contextos de aprendizagem. Afinal, este tipo de ambiente pauta-se pela constante evolução e adequação ao percurso formativo.
Visão computacional
Permite que os dispositivos tecnológicos recebam, analisem e interpretem sinais e conteúdos visuais. É, por isso, o pilar das simulações de treino profissional com recurso a realidade virtual e aumentada.
Pois bem, as competências, funcionalidades e vantagens da Inteligência Artificial podem, assim, moldar os modelos de ensino tradicionais. Com estes recursos tecnológicos, o ecossistema de aprendizagem torna-se, inegavelmente, mais interativo, dinâmico e moldável.
Quais são, então, as principais vantagens da Inteligência Artificial nesta área?
A implementação de ferramentas de genAI no quadro da formação profissional pode, sem dúvida, demonstrar-se benéfica tanto para os trabalhadores como para os empregadores:
Benefícios para os trabalhadores
A aplicação destas soluções tecnológicas revolucionárias comporta, certamente, um conjunto amplo de oportunidades para os formandos. Vejamos, então:
- Uma das principais vantagens da Inteligência Artificial, no âmbito da formação profissional, prende-se com a personalização da experiência de aprendizagem. Estas plataformas permitem, por exemplo, adequar os conteúdos e os formatos às preferências e necessidades individuais de cada trabalhador. Além disso, a tradução automática facilita a inclusão de formandos de diferentes geografias e origens;
- Por meio de simulações virtuais realistas, a IA oferece aos formandos a possibilidade de treinarem as suas competências num ambiente seguro — sem o risco de erro associado aos cenários reais. Trata-se de um fator fulcral para a consolidação e aplicação prática de conhecimentos e competências;
- A IA propicia, ainda, a implementação de conteúdos interativos, dinâmicos e responsivos. É o caso dos serious games, por exemplo. Desse modo, o processo de aprendizagem torna-se mais cativante e eficaz;
- As vantagens da Inteligência Artificial neste quadro associam-se, necessariamente, ao substancial incremento de fornecer feedback imediato e ajustado, com avaliações em tempo real. É um elemento decisivo no acompanhamento do progresso individual e, decerto, na constante adequação dos percursos formativos.
Benefícios para as organizações
Se as vantagens da Inteligência Artificial são inequívocas na perspetiva dos formandos, a verdade é que a sua implementação estratégica pode ser igualmente vantajosa para os empregadores:
- A aplicação destas ferramentas demonstra uma capacidade ímpar para recolher e analisar dados da empresa. Dessa maneira, permite identificar padrões, mapear lacunas e detetar necessidades concernentes a determinadas competências ou à otimização de processos. Trata-se, portanto, de um alicerce central no desenho do diagnóstico de necessidades de formação;
- A IA possibilita a criação e a gestão de programas formativos em larga escala, sem prescindir da necessária personalização deste exercício. Esta competência (associada, por exemplo, à automatização das avaliações ou da produção de relatórios) é fundamental para otimizar recursos e conter custos administrativos;
- O incremento do grau de eficácia das formações — por meio do reforço da sua adaptabilidade, precisão e atratividade — consiste, sem dúvida, num fator que ajuda a aumentar a produtividade, bem como os níveis de resiliência e de desempenho organizacional;
- Por fim, ao disponibilizarem percursos formativos mais personalizados e cativantes, as organizações demonstram o seu compromisso com o desenvolvimento profissional e pessoal contínuo dos seus quadros. Isto espelha-se, decerto, num reforço da capacidade de atração e retenção de talento – uma vantagem competitiva incontornável, atualmente.
Que desafios devem as empresas equacionar neste quadro?
Num momento de transição e adaptação a uma nova era tecnológica, importa sublinhar que as vantagens da Inteligência Artificial são, inegavelmente, acompanhadas por um leque alargado de desafios e riscos. As empresas devem, assim, ponderar fatores como:
- Privacidade e segurança: a utilização de dados pessoais para personalizar os percursos formativos levanta questões de teor ético e legal, relacionadas com a proteção de dados;
- Enviesamento algorítmico: o recurso a genAI comporta o risco relativo à replicação e perpetuação de determinados estigmas ou erros presentes nos dados utilizados para o treino dos modelos. Importa, pois, monitorizar, filtrar e delimitar o uso destes sistemas;
- Requisitos tecnológicos: a eficácia destas ferramentas depende da capacidade das infraestruturas tecnológicas disponíveis. Este fator pode, certamente, comprometer o desempenho dos sistemas, exigindo uma gestão criteriosa dos recursos e a planificação das estratégias de contingência a implementar em caso de falha;
- Redução da interação humana: a excessiva dependência em relação a estas soluções automatizadas é, igualmente, um risco a ponderar. Afinal, a sensibilidade, a experiência, a empatia e a interação humanas constituem elementos imprescindíveis na eficácia de qualquer formação profissional.
Assim, se pretende maximizar as vantagens da Inteligência Artificial para os percursos formativos dos seus trabalhadores, é crucial contar com especialistas na implementação segura e eficaz destas ferramentas.
Pois bem, com a experiência e a reconhecida excelência da equipa de Formação da Centralmed, terá acesso a um apoio personalizado, rigoroso e estratégico em todas as fases deste processo: do diagnóstico das necessidades à elaboração dos conteúdos formativos, passando pelo acompanhamento dos indicadores-chave de desempenho. Contacte-nos!