Como implementar um programa de formação profissional para o bem-estar e equilíbrio financeiro?

A importância da formação profissional para o bem-estar e equilíbrio financeiro

O bem-estar dos trabalhadores constitui, sem dúvida, um fator crítico para o sucesso de qualquer negócio. Neste âmbito, o equilíbrio financeiro desempenha um papel central: de acordo com um estudo da PwC, 57% dos profissionais afirmam que as finanças pessoais consistem na principal causa de stress nas suas vidas. 

No entanto, a saúde financeira continua a ser um aspeto amplamente negligenciado na maioria das organizações. A formação profissional orientada para esta temática desempenha, assim, um papel vital.  

Mas como devem as empresas implementar programas eficazes neste campo? E quais são, então, as principais vantagens associadas a este investimento estratégico? Consulte, pois, o nosso guia completo.  

Primeiramente, o que significa “bem-estar e equilíbrio financeiro”? 

Este conceito — cada vez mais presente no nosso dia a dia e na agenda mediática — diz respeito à capacidade de cada pessoa para gerir eficazmente os seus recursos económicos. Este exercício permite-lhe, acima de tudo, garantir condições de estabilidade e segurança, a curto, médio e longo prazo. 

De acordo com o Consumer Financial Protection Bureau, num guia intitulado “Financial well-being: The goal of financial education”, o equilíbrio financeiro de um trabalhador espelha-se em fatores como: 

  • Manter o controlo sobre as finanças diárias e mensais; 
  • Revelar capacidade para lidar com um choque financeiro inesperado; 
  • Definir objetivos financeiros e reunir condições para os concretizar; 
  • Ter liberdade financeira para tomar decisões que permitam uma vida plena e realizada.  

 

Pois bem, a verificação destas variáveis entre os trabalhadores de uma organização é fulcral para a criação de uma atmosfera harmoniosa, segura e produtiva.

Qual é, então, o impacto do equilíbrio financeiro no local de trabalho? 

Os dados estatísticos são muito claros no que concerne à importância central do equilíbrio financeiro no âmbito corporativo. Por exemplo: 

  • 78% dos trabalhadores referem que as dificuldades financeiras prejudicam a sua concentração no âmbito laboral, enquanto fator promotor de ansiedade; 
  • As despesas com cuidados de saúde ocupacional são, em média, quase 50% superiores para os funcionários que reportam níveis elevados de stress
  • 77% dos trabalhadores consideram os programas de promoção do equilíbrio financeiro um benefício muito relevante, de acordo com um estudo de 2023, citado pela Harvard Business Review. Contudo, apenas 28% das empresas garantem estas iniciativas. 

 

De facto, a preocupação financeira é uma das principais fontes de stress no trabalho. Este é, afinal, um dos principais problemas que afetam, hoje, o universo corporativo, com consequências bastante nefastas, tanto para o profissional quanto para a organização.  

Entre elas, podemos destacar, por exemplo, a redução da motivação e do envolvimento com a organização ou o incremento das taxas de absentismo. 

Como implementar um programa de formação profissional para o bem-estar e equilíbrio financeiro?

Mas como podem as empresas promover o bem-estar financeiro? 

Fomentar a literacia dos trabalhadores nesta área não é apenas uma medida de apoio individual: trata-se, igualmente, de um investimento estratégico essencial para a sustentabilidade e a competitividade dos negócios. Nesse sentido, a formação para o bem-estar e o equilíbrio financeiro é fulcral. 

Para garantir a eficácia desta oferta formativa, é essencial equacionar algumas variáveis e alguns procedimentos, a saber: 

  1. Realizar o diagnóstico de necessidades de formação — inegavelmente, esta etapa é indispensável para assegurar a adequação dos conteúdos a abordar. Assim, as organizações podem recorrer a inquéritos anónimos para reunir as principais preocupações dos trabalhadores relacionadas com a gestão do dinheiro ou das dívidas, por exemplo; 
  2. Definir objetivos claros e realistas — numa segunda fase, importa estabelecer metas específicas, que permitam uma redução sistémica dos níveis de stress financeiro; 
  3. Selecionar as ferramentas adequadas — tendo as necessidades formativas e os objetivos como alicerces, devem tomar-se decisões relativamente aos métodos e às plataformas a adotar. Neste quadro, pode revelar-se benéfico apostar em simulações interativas ou em momentos de mentoria financeira personalizada; 
  4. Envolver os formandos — numa área tão sensível, é imprescindível garantir que os trabalhadores percebem o valor da formação para o equilíbrio financeiro. Ademais, é vital criar um ambiente pautado pela confiança e pela confidencialidade, sem julgamento; 
  5. Medir o impacto — por fim, a monitorização da eficácia do programa, por meio de métricas relevantes, é fundamental para avaliar o efeito e a pertinência dos percursos formativos.  

 

Que tópicos focar numa formação profissional sobre bem-estar e equilíbrio financeiro? 

Um curso sobre gestão de finanças pessoais deve, então, incidir sobre alguns temas-chave. Por exemplo: 

  • Gestão do orçamento pessoal — as estratégias de planeamento financeiro e de controlo das receitas e despesas é, certamente, um dos tópicos nucleares neste campo; 
  • Método GDP+i — o modelo “ganhar, distribuir, poupar e investir” pode, decerto, fomentar uma gestão mais inteligente, estruturada e responsável dos recursos económicos; 
  • Controlo de dívidas — evitar o sobre-endividamento ou renegociar taxas de juro são variáveis fulcrais para o equilíbrio financeiro; 
  • Hábitos de poupança — criar um fundo de emergência ou saber como poupar (a curto, médio e longo prazo) são competências vitais para enfrentar desafios imprevistos; 
  • Investimento financeiro seguro — por fim, os formandos devem adquirir algumas competências basilares sobre o funcionamento e os riscos dos produtos financeiros.  

 

A transmissão de ferramentas e estratégias para combater o stress financeiro, de forma estruturada e eficaz, encerra um conjunto amplo de benefícios: da redução da ansiedade no trabalho ao aumento do bem-estar e produtividade, passando ainda pela atração e retenção de talentos, pela melhoria do work-life balance e pelo combate ao absentismo.

No entanto, é essencial sublinhar que, numa temática tão sensível e complexa, é imprescindível optar por formações credíveis e independentes. Na Centralmed, temos à sua disposição uma vasta oferta formativa de referência, certificada pela DGERT, nomeadamente, na área do bem-estar e equilíbrio financeiro. Contacte-nos!

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