A gestão de emergências e crises desempenha, inegavelmente, um papel crítico na segurança dos trabalhadores. Afinal, a adoção dos procedimentos indicados pode salvar muitas vidas. Não obstante, quando falamos de medidas de autoproteção nas empresas, o processo não fica finalizado aquando da implementação.
Importa, pois, que as organizações perspetivem a elaboração e a adoção dos planos de prevenção e dos procedimentos de emergência como um processo contínuo, exigindo um constante exercício de atualização. Afinal, é essencial que as medidas de autoproteção (MAP) acompanhem as mudanças da realidade corporativa. Além disso, a sua manutenção exige o assíduo envolvimento de todos os trabalhadores.
A vital relevância das medidas de autoproteção nas empresas
Frequentemente, a ocorrência de fenómenos naturais — como o sismo que despertou parte do país a 26 de agosto de 2024, por exemplo — relembra-nos da importância capital das políticas de prevenção e segurança contra emergências. Com efeito, as organizações devem, evidentemente, adotar uma postura alicerçada na precaução e nas recomendações de proteção civil em caso de catástrofe.
Ora, em traços gerais, as medidas de autoproteção nas empresas encerram três finalidades primaciais, a saber:
- Garantir a manutenção das condições de segurança no trabalho, em qualquer circunstância;
- Munir os espaços e as equipas para darem uma resposta segura e eficaz a situações de emergência;
- Certificar que os equipamentos e sistemas de segurança apresentam, permanentemente, condições de operabilidade.
Estes cuidados são, sem dúvida, indispensáveis para a proteção da integridade de pessoas e bens. Por conseguinte, trata-se de uma imposição legal — mas, também, de uma incontornável responsabilidade social — a que as empresas devem responder continuamente, seguindo os mais rigorosos padrões de atuação.
Medidas de autoproteção nas empresas: um processo coletivo, em constante atualização
As organizações são, inegavelmente, organismos vivos e dinâmicos. A mudança faz, por isso, parte da realidade quotidiana de qualquer instituição (e ainda bem). No entanto, esta constatação acarreta um conjunto acrescido de responsabilidades no que concerne à manutenção das medidas de autoproteção nas empresas.
Neste quadro, deve equacionar-se um conjunto amplo de variáveis: as alterações na disposição física do espaço de trabalho, no número de trabalhadores, nos materiais e processos operacionais ou, até, nos equipamentos e meios de primeira intervenção, por exemplo. O permanente dinamismo destes fatores (e não só) reforça a relevância da regular análise, revisão e atualização das MAP nas organizações.
Não obstante, a eficácia das medidas de autoproteção nas empresas não depende apenas da sua manutenção. Afinal, esta responsabilidade exige um envolvimento coletivo.
Fomentar o compromisso dos trabalhadores com a manutenção das MAP
De acordo com a norte-americana Occupational Safety and Health Administration (OSHA):
A preparação antecipada para um incidente desempenha um papel crucial, garantindo que empregadores e trabalhadores dispõem das informações e do equipamento necessários para saber para onde ir e como se manterem seguros aquando de uma emergência.
Pois bem, a capacitação de todos os ocupantes de um edifício — sobretudo responsáveis de segurança e trabalhadores que aí operam — é um fator basilar para a efetividade das medidas de autoproteção nas empresas. Neste âmbito, a transmissão de informação e o fornecimento de formação revelam-se, portanto, determinantes.
É necessário, então, que as organizações implementem estratégias de sensibilização orientadas para a divulgação, revisão e atualização destas políticas. Desse modo, poderá garantir-se que todos os trabalhadores (sem exceção) são relembrados, frequentemente, das suas responsabilidades e dos procedimentos a seguir em emergências, como sismos ou incêndios em edifícios.
Por exemplo, as equipas sabem onde se encontram os equipamentos de segurança, como extintores? E sabem utilizá-los corretamente? Conhecem a planta de emergência do edifício e as rotas de evacuação? Para dissipar as dúvidas relativamente à adequação e adoção das medidas de autoproteção nas empresas, os momentos de simulação são essenciais.
A importância dos simulacros
A realização de simulacros constitui, então, uma oportunidade imprescindível para testar a adequação e a eficácia das medidas de autoproteção nas empresas. É fundamental, portanto, para identificar eventuais lacunas ou ineficiências no plano de emergência, bem como no equipamento de segurança.
Além disso, permite que o total dos trabalhadores se familiarize, na prática, com todos os procedimentos a adotar neste contexto. Trata-se, no fundo, de um exercício importante para impulsionar a internalização das MAP, garantindo que todos os ocupantes (incluindo os recém-chegados) estão cientes das suas responsabilidades e das mais atualizadas políticas de segurança no trabalho e organização da emergência.
Além do planeamento — e do aviso a todos os ocupantes do edifício —, o simulacro deve ter o acompanhamento de técnicos especializados, que procedam à sua avaliação e, em consonância com os resultados, proponham alterações às medidas de autoproteção definidas.
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