O que fazer em caso de sismo: um guia completo para empresas

O que fazer em caso de sismo: perguntas e respostas

A edificação de uma cultura de segurança sólida, no seio de uma organização, desempenha, hoje, um papel central. Nesse sentido, a preparação da resposta a eventuais desastres naturais (como sismos) revela-se vital. Assim, importa equacionar algumas questões: como podem as empresas prevenir e proteger-se destes fenómenos potencialmente destrutivos? Além disso, o que fazer em caso de sismo, garantindo a proteção dos trabalhadores durante e após o terramoto?

Descubra, neste guia de perguntas e respostas, as principais medidas preventivas contra sismos, garantindo assim que a sua empresa está preparada para enfrentar, com segurança, este desafio imprevisível.

 

Afinal, o que é um sismo?

Em primeiro lugar, antes de nos debruçarmos sobre o que fazer em caso de sismo, importa compreender melhor este fenómeno. A breve definição proposta pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) pode, então, revelar-se útil:

Um sismo ou terramoto é uma súbita libertação de tensão acumulada por rutura dos materiais na crosta terrestre.

De acordo com o Núcleo de Engenharia Sísmica e Dinâmica de Estruturas do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, a maioria dos sismos (cerca de 95%) têm origem tectónica, ou seja, resultam da libertação de energia oriunda da deslocação, ao longo de uma falha, de dois blocos. Ao ultrapassar o limite de resistência à deformação, o material entra, então, em rutura.

Neste âmbito, importa distinguir dois termos, a saber:

  • Hipocentro — também denominado “foco”, trata-se do local em profundidade onde ocorre a libertação de energia;
  • Epicentro — ponto à superfície, vertical ao foco, que corresponde à zona em que o sismo se sente com mais intensidade.

 

Note-se, no entanto, que os sismos também podem resultar de abatimento de cavidades ou deslocamento de magma (sismos vulcânicos), a título de exemplo.

 

Quanto tempo dura um sismo?

Naturalmente, a duração dos sismos é bastante variável. Todavia, raramente ultrapassam um minuto. Tendem, pois, a apresentar poucas dezenas de segundos.

Todavia, após o sismo principal, costumam seguir-se alguns reajustamentos do material rochoso. Este fenómeno origina, assim, terramotos mais fracos denominados “réplicas”.

 

Já é possível prever um sismo?

De facto, seria mais fácil preparar o que fazer em caso de sismo se pudéssemos ter, mesmo que com pouca antecedência, uma previsão fidedigna da ocorrência destes fenómenos. Contudo, a verdade é que ainda não o podemos fazer.

No entanto, a identificação de zonas de maior risco não só é possível, como se revela muito útil. Nessas áreas, deve reforçar-se a construção de estruturas mais sólidas e fomentar, com especial cuidado, a formação da população.

 

O risco de sismos em Portugal é elevado?

território continental português — que assenta sobre a placa euro-asiática — apresenta uma sismicidade de nível intermédio, tanto em relação à magnitude como à frequência.

Por outro lado, nos sismos em Portugal, importa sublinhar que o arquipélago madeirense, localizado na placa africana, conta com uma sismicidade baixa, contrastando com a elevada sismicidade dos Açores.

 

Segurança nas empresas: o que fazer em caso de sismo?

As medidas de autoproteção (MAP), delineadas com o intuito de proteger os trabalhadores, constituem elementos fulcrais de uma cultura investida na Segurança e Saúde no Trabalho (SST).

Para acautelarem devidamente a segurança durante um terramoto, as empresas devem prestar atenção a um conjunto de procedimentos, que se dividem em três fases, a saber:

 

Preparação: o que fazer antes de um sismo?

A resposta a “o que fazer em caso de sismo?” deve, sem dúvida, englobar uma primeira fase de planificação. Importa, assim, atentar nas precauções essenciais:

1. Elabore um plano de emergência para a sua empresa, definindo previamente aspetos como, por exemplo:

  • Identificação clara dos percursos de evacuação do edifício;
  • Determinação das áreas seguras (dentro e fora do edifício), para assegurar o refúgio dos trabalhadores;
  • Nomeação dos responsáveis pela comunicação de emergência;
  • Estabelecimento de um sistema interno de alerta e comunicação, em caso de catástrofe;
  • Definição da periodicidade das inspeções ao edifício, com o intuito de garantir a sua integridade estrutural;
  • Coordenação da empresa com os serviços de emergência locais, que fornecerão contactos, assim como orientações precisas, adequadas à sua região e ao perfil da sua empresa, sobre o que fazer em caso de sismo.

 

2. Identifique os locais mais perigosos, como, por exemplo, junto a janelas, espelhos, candeeiros, móveis e outros objetos que possam cair. Procure, sempre que possível, atenuar os riscos e pontos fracos do seu local de trabalho:

  • Mantenha os objetos grandes e pesados no chão ou, então, em estantes baixas;
  • Garanta que os corredores e as passagens se encontram desimpedidos;
  • Assegure-se de que as estantes e os móveis pesados estão devidamente fixados às paredes.

 

3. Certifique-se de que todos os trabalhadores sabem o que fazer em caso de sismo, recorrendo, portanto, a formação profissional especializada. Neste âmbito, a formação em primeiros socorros e emergência revela-se vital.

 

4. Organize o estojo de primeiros-socorros com os itens essenciais, a saber:

  • Medicação habitual;
  • Água e comida não perecível;
  • Produtos de higiene pessoal;
  • Muda de roupa;
  • Máscara antipoeira;
  • Rádio;
  • Lanterna e apito:
  • Powerbank;
  • Contactos de emergência;
  • Cópia de documentos importantes;
  • Dinheiro.

 

5. Prepare o plano de comunicação de crise da sua empresa.

 

Proteção: o que fazer durante um sismo?

Há um conjunto de conselhos fulcrais a manter em mente na hora de saber o que fazer em caso de sismo. Portanto, na infografia abaixo — que pode descarregar e afixar no seu local de trabalho —, elencamos alguns passos essenciais a ter em conta:

 

Recuperação: o que fazer depois de um sismo?

Quando estiverem reunidas condições de segurança para tal, os responsáveis das equipas (devidamente formados) devem auxiliar os funcionários a sair das instalações, dando especial apoio àqueles com necessidades especiais.

Note-se, contudo, que não se deve movimentar pessoas gravemente feridas, a menos que estejam em perigo de sofrer mais lesões.

Além disso, para saber o que fazer em caso de sismo, após a sua ocorrência, recorde alguns conselhos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil:

  • Atendendo ao risco de fugas de gás, não fume nem acenda fósforos;
  • Corte o gás, a água e a eletricidade da empresa;
  • Evite o contacto com cabos elétricos soltos e objetos metálicos;
  • Limpe os produtos inflamáveis derramados;
  • Em caso de emergência — feridos graves, fugas de gás ou incêndios —, ligue 112;
  • Evite circular pelas ruas, libertando-as para as viaturas de socorro;
  • Siga, pelo rádio, as recomendações das autoridades.

 

 

Se pretende garantir que todos os trabalhadores da sua empresa sabem o que fazer em caso de sismo, então conte com o apoio da equipa de especialistas da Centralmed. Consulte os nossos serviços de segurança no trabalho e participe nas nossas formações na área de Proteção de Pessoas e Bens. 

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