As lesões musculoesqueléticas, que se tornaram mais conhecidas pela sigla LME, apresentam uma prevalência muito elevada entre crianças e adolescentes. Por conseguinte, são cada vez mais os jovens que, aquando da entrada no mercado de trabalho, apresentam já estes problemas. Estas complicações, que podem mesmo tornar-se incapacitantes, tendem a exacerbar-se com o trabalho. Mas, afinal, quais são as principais causas das LME nos jovens? E como se podem prevenir e combater eficazmente estas lesões?
A prevalência das LME nos jovens
A comunidade científica é praticamente unânime em relação à ideia de que a prevalência das LME nos jovens e nas crianças é muito elevada. Trata-se de uma realidade preocupante, que afeta uma parte significativa das pessoas ainda antes da entrada no mundo do trabalho, e que pode, evidentemente, exercer uma influência bastante prejudicial nas suas vidas profissionais.
Ora, para podermos debruçar-nos adequadamente sobre este fenómeno, há alguns dados estatísticos bastante reveladores que importa, desde logo, conhecer:
Fatores de risco a ter em consideração
São múltiplas as causas identificadas para o desenvolvimento de perturbações musculoesqueléticas em crianças e adolescentes. É, pois, imprescindível atentar nestes fatores de modo que se possa adotar uma abordagem preventiva, que permita combater este problema sistémico na sua raiz. Destacamos alguns.
Medidas de prevenção das LME nos jovens
Adotar uma abordagem preventiva à saúde musculoesquelética das crianças e adolescentes significa, claro está, investir na saúde da futura geração de trabalhadores. Seja através da formação, do exercício físico ou da adaptação dos ambientes de trabalho, há várias medidas que podem ser implementadas para combater as LME nos jovens, antes e depois de entrarem no mercado de trabalho:
- Reforço do trabalho de sensibilização e de educação junto dos jovens, tanto nas escolas como nas empresas, sobre os fatores de risco que estão na origem das perturbações musculoesqueléticas;
- Fomento da atividade física regular orientada para o fortalecimento dos músculos, o aumento da flexibilidade e o reforço das articulações;
- Realização de pausas com regularidade durante o trabalho para exercitar e alongar os membros e os músculos;
- Adoção de uma dieta equilibrada e diversificada que permita, por exemplo, uma correta absorção do cálcio por parte do organismo;
- Abstenção de fumar — os fumadores e ex-fumadores apresentam mais 60% de probabilidade de sofrer com dores nas costas, no pescoço e nas pernas;
- Acompanhamento psicológico, caso necessário, para um combate eficaz ao stress e à ansiedade;
- Utilização de equipamento ergonómico (cadeira, mesa, acessórios do computador, etc.) e adequação da iluminação ou da qualidade do ar de modo que se reúnam todas as condições propícias a um ambiente de trabalho seguro e saudável.
Se precisar de aconselhamento relativo à implementação de medidas preventivas das lesões musculoesqueléticas na sua empresa, consulte os técnicos especializados da Centralmed.
Fontes da infografia:
- Musculoskeletal disorders among children and young people – a life course approach to risk factors and prevention., European Agency for Safety and Health at Work
- Prevalence of back pain and the knowledge of preventive measures in a cohort of 11619 Polish school-age children and youth—an epidemiological study., Medicine
- Epidemiology of spinal pain in children: a study within the Danish National Birth Cohort, National Library of Medicine
- Young people and safety and health at work, European Agency for Safety and Health at Work