Segurança e higiene são palavras que passaram a estar mais presentes no nosso dia a dia com a chegada da pandemia de COVID-19. Tocaram muitas áreas da nossa vida e, nesse âmbito, destacaram também a importância da segurança alimentar, cuja relevância aumenta numa fase de retoma económica.
Mas que destaque deve ser dado a este tema e porquê?
Uma preocupação sempre presente
Desde logo, é de notar que a importância da segurança alimentar não é um tema novo. Trata-se mesmo de uma questão ligada à própria civilização, uma vez que, desde cedo, fomos forçados a entender a necessidade de armazenamento dos produtos alimentares para períodos de maior escassez.
Alguns métodos mais primitivos de conservação dos produtos alimentares chegaram até nós, como a fumagem, a salga, o mel e, mesmo, a banha. Além disso, depressa a experiência ensinou-nos que determinados procedimentos ajudavam a aumentar a longevidade dos produtos alimentares. Por exemplo, a ausência de oxigénio ou a diminuição da atividade da água nos alimentos.
Os tempos evoluíram e, com eles, aumentou a exigência e a importância da segurança alimentar, quer para as empresas ligadas à produção, transformação, distribuição e fornecimento de alimentos, quer para os seus clientes, ou seja, para quem os consome. Afinal, trata-se de uma questão de saúde e de bem-estar.
No caso da indústria alimentar e da restauração, a adoção de medidas que garantem a qualidade e a gestão da segurança dos alimentos é mesmo um fator crítico para o negócio.
Destas depende a confiança que os seus produtos e serviços conseguem gerar junto dos consumidores. Para tal, é importante seguir um conjunto de regras internacionalmente convencionadas nas várias fases necessárias para levar os alimentos até aos nossos pratos.
Sem isso, existem riscos de contaminação, por exemplo, com bactérias, fungos, vírus, parasitas ou toxinas produzidas por microrganismos. Pode, assim, gerar-se um conjunto de doenças e até mesmo problemas de saúde pública.
O reforço da segurança alimentar com a pandemia
Se a importância da segurança alimentar já era um tema crítico, com a chegada da pandemia de COVID-19, a segurança dos produtos alimentares tornou-se uma preocupação ainda mais presente para os operadores económicos das áreas alimentares e para os consumidores finais.
Como tal, o início da pandemia trouxe muitas questões relativas às práticas de higiene a adotar. Nesse sentido, as empresas de consultadoria em segurança alimentar tiveram um papel fundamental no esclarecimento e na filtragem dessas informações.
É certo que, sendo a COVID-19 uma doença causada por um microrganismo (o SARS-CoV-2), este já se apresentava contemplado na análise de perigos em todas as etapas do processo produção (do prado ao prato).
Ou seja, estava já presente no sistema HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controlo), responsável pela análise de perigos físicos, químicos e biológicos. Contudo, perante a importância da segurança alimentar, foi necessário reforçar alguns procedimentos.
Foi o caso da confeção de alimentos a temperaturas adequadas, a desinfeção de hortofrutícolas a consumir em cru, o uso de luvas e máscaras, e a utilização de produtos de limpeza e desinfeção adequados à indústria alimentar.
A importância da segurança alimentar perante novos desafios
Ao mesmo tempo, por via das medidas de confinamento e de teletrabalho obrigatório, muitas empresas do setor sofreram um forte impacto económico. Em alguns casos, levou mesmo ao seu encerramento. Mas as empresas que continuaram em atividade tiveram de adaptar e explorar novos métodos de trabalho, como o take away e o delivery.
Estas adaptações impuseram uma reorganização do seu negócio e o ajuste ou a inovação dos seus produtos alimentares, tendo em mente a importância da segurança alimentar. Nestes casos, as alterações conduziram à necessidade de rever o plano HACCP, o que levou a que as empresas de consultadoria desta área desempenhassem novamente um papel preponderante no processo.
Por outro lado, já numa fase de regresso à normalidade e de retoma, os negócios viram-se perante a exigência de maior flexibilização.
Tiveram, portanto, de fazer adaptações de modo que conseguissem dar resposta a um mercado marcado por uma extrema volatilidade.
Ora, estes novos conceitos de negócio têm sempre de ser acompanhados a par e passo com uma política de segurança alimentar.
Só desta forma é possível assegurar o cumprimento da legislação em vigor e, consequentemente, a segurança e qualidade dos produtos alimentares.
Se precisa de apoio para fazer a análise dos perigos e o controlo dos pontos críticos, confie na experiência e no profissionalismo dos técnicos de segurança alimentar da Centralmed.