Associada, principalmente, aos meses invernosos, a gripe sazonal apresenta um impacto significativo no bem-estar e na produtividade dos trabalhadores. Por conseguinte, importa implementar algumas medidas de prevenção da gripe e de outras infeções respiratórias, para assim proteger a segurança e a saúde no trabalho.
Portanto, elencamos — entre as principais perguntas e respostas sobre infeções respiratórias — alguns sinais e sintomas da gripe sazonal, além das suas causas e dos fatores de risco que a podem agravar.
Afinal, o que é a gripe sazonal?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe sazonal define-se como:
Uma infeção respiratória aguda causada pelos vírus influenza. É comum em todo o mundo e a maioria das pessoas recupera sem tratamento. Contudo, propaga-se facilmente quando os infetados tossem ou espirram.
Em Portugal, regista-se uma maior atividade gripal entre os meses de outubro e abril. Aliás, o pico costuma situar-se entre novembro e fevereiro, segundo o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Embora, em condições normais, os sintomas da gripe sazonal desapareçam ao fim de apenas uma semana, esta doença infeciosa apresenta um impacto significativo globalmente. Afinal, segundo dados da OMS:
- Surgem cerca de mil milhões de casos de gripe sazonal, anualmente, e três a cinco milhões destes tomam contornos de doença grave;
- Verificam-se 290.000 a 650.000 mortes por gripe sazonal, todos os anos.
Que tipos de vírus influenza existem?
Os vírus influenza — responsáveis pela gripe sazonal — dividem-se em quatro categorias, a saber:
Causadores de pandemias de gripe A, dividem-se nos subtipos H1N1 e H3N2.
Pertencentes à linhagem B/Yamagata ou B/Victoria, podem originar epidemias.
Menos frequentes, associam-se a infeções mais ligeiras, portanto, não ameaçam a saúde pública.
Atingem, sobretudo, os animais, não costumando infetar ou causar doença em seres humanos.
Além disso, importa mencionar outros vírus provocadores de infeções respiratórias com sintomas similares aos da gripe sazonal. Entre eles, destacam-se, por exemplo:
- Coronavírus humano;
- Rhinovirus (na origem das constipações);
- Vírus sincicial respiratório (VSR);
- Metapneumovírus humano (MPVh).
Como se transmite o vírus da gripe sazonal?
Este vírus transmite-se, sobretudo, por via respiratória (tosse ou espirros, por exemplo) e contacto próximo (distância inferior a dois metros). Além disso, a transmissão pode ocorrer se, após contactar diretamente com pessoas ou superfícies contaminadas, o indivíduo tocar nos olhos, no nariz ou na boca.
Posteriormente, o período de incubação — até se verificarem os primeiros sintomas — varia entre um e quatro dias.
Quais são, então, os sintomas mais comuns de gripe sazonal?
A sintomatologia associada a esta doença é bastante variável, todavia, os sinais mais comuns incluem:
- Febre alta;
- Dores musculares e articulares;
- Fadiga e mal-estar;
- Tosse seca e persistente;
- Dores de garganta;
- Congestão nasal;
- Olhos inflamados;
- Dores de cabeça.
Quais são os principais fatores de risco na gripe?
Geralmente, a sintomatologia da gripe sazonal atenua-se com repouso, ingestão de líquidos e, se necessário, toma de paracetamol ou ibuprofeno (para aliviar as dores e combater a febre). Contudo, alguns fatores podem originar complicações, exigindo um acompanhamento médico próximo:
- Idade — crianças com menos de 12 meses e adultos com mais de 65 anos tendem a carecer de mais cuidados, em caso de gripe sazonal;
- Sistema imunológico enfraquecido — além de facilitar o surgimento desta infeção, este problema (comum após tratamentos de cancro ou transplantes de órgãos, por exemplo) incrementa substancialmente os riscos da doença;
- Doença crónica — destaca-se o impacto nocivo de doenças pulmonares, como asma ou DPOC, a título de exemplo;
- Gravidez — o período de gestação, sobretudo no segundo e no terceiro trimestre, constitui também um fator de risco;
- Obesidade — esta doença crónica (cada vez mais prevalente em Portugal) aumenta a probabilidade de desenvolvimento de complicações devido a infeções respiratórias virais.
Por fim, revela-se imprescindível, no ambiente laboral, considerar as condições de trabalho e os riscos profissionais.
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