10 das principais doenças profissionais
De acordo com um inquérito sobre as condições de trabalho, conduzido pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2020, as doenças profissionais mais graves apontadas pelos trabalhadores incluíam problemas ósseos, articulares e musculares. Todavia, 54% dos inquiridos também indicaram a exposição a fatores de risco para a saúde mental.
Assim, entre as doenças profissionais mais comuns, podemos destacar:
1. Epicondilite
Conhecida informalmente como “cotovelo do tenista”, a epicondilite consiste, então, na degeneração e na inflamação dos tendões do cotovelo, que provocam dor e inchaço. Assim, todas as atividades que impliquem movimentos repetitivos do antebraço constituem fatores de risco.
Consequentemente, a epicondilite afeta não só desportistas, mas também pintores, cozinheiros, carpinteiros, talhantes, marceneiros e motoristas.
2. Síndrome do túnel cárpico
Esta doença profissional nasce da compressão do nervo mediano, afetando então a mão e os dedos. Os principais sintomas incluem, por exemplo, dor, dormência e formigueiro, sendo o maior fator de risco o movimento repetitivo das mãos.
3. Burnout
O burnout corresponde a um estado de exaustão extrema que deriva do stress laboral crónico. Esta doença profissional é frequente naqueles que prestam serviços e lidam com pessoas, como, por exemplo: profissionais de saúde, dos serviços sociais e professores.
4. Rizartrose
Apesar de mais frequente em mulheres com mais de 40 anos, qualquer trabalhador pode desenvolver rizartrose. Esta consiste numa deterioração da cartilagem dos polegares, causando assim inflamação, rigidez, deformação e destruição das articulações. A dor que provoca na ligação do polegar ao punho, associada a traumatismos e movimentos repetitivos, pode tornar-se incapacitante.
5. Bursite do cotovelo
Conhecida informalmente como “dor de cotovelo”, surge da inflamação de uma bursa (ou bolsa), acompanhada de inchaço. Ademais, deve-se a movimentos repetitivos e traumatismos.
6. Lombalgia
Quando nos referimos a “dor no fundo das costas” estamos, na verdade, a falar da lombalgia, uma dor lombar associada a más posturas e à movimentação de cargas pesadas. Constitui, aliás, uma das causas mais frequentes de reforma por doença profissional/invalidez.
7. Tendinite
Consiste numa inflamação do tendão (estrutura que une os músculos e os ossos), devido a movimentos repetitivos. Portanto, trabalhadores com tendinite experienciam dores ligeiras durante a execução de determinados movimentos que, gradualmente, se vão agravando.
8. Hérnia de disco
A hérnia discal ou de disco caracteriza-se por uma compressão das estruturas nervosas (medula espinal). Assim, ao comprimir um nervo, a hérnia causa dor, dormência e fraqueza muscular, geralmente no braço e na mão (braquialgia), no pescoço (cervical), na perna e no pé (ciática) ou nas costas (lombar). Surge, sobretudo, como consequência do levantamento de cargas pesadas e de movimentos repetitivos.
9. Cervicalgia
A cervicalgia caracteriza-se por dor e rigidez cervical, formigueiro, perda de sensibilidade e de força muscular. Geralmente, resulta do enfraquecimento dos músculos devido a má postura ou traumatismos.
10. Tenossinovite
Também conhecida como “dedo em gatilho” ou “em mola”, envolve nódulos ou edemas nos tendões dos dedos da mão. Os principais sintomas incluem, então, dor, ressalto e bloqueio do dedo, deixando de ser possível esticá-lo ou dobrá-lo. Ademais, associa-se a traumatismos.